seis jogos que mudaram o mundo

segunda-feira, 15 de julho de 2013


Em 15 de julho de 1983, a Nintendo lançada no Japão o Family Computer, console que acabou ficando conhecido, por lá como Famicom. Nos EUA e no Brasil, ele nos foi apresentado como Nintendo Entertainment System, NES ou, mais popularmente “Nintendinho”. E ele mudou os videogames para sempre.


Para comemorar essa data importante, escolhemos seis dentre os vários jogos importantes que chegaram ao aparelho 8-bits e falamos de como eles ajudaram a cimentar o caminho que muitos criadores de jogos seguem até hoje, dos pulos do Mario até os labirintos espaciais de Metroid.

Super Mario Bros.

É fácil pensar em Super Mario Bros. como um dos jogos mais influentes de todos os tempos, principalmente por ele ter dado origem a uma série que já dura mais de 25 anos e tem personagens reconhecidos até por quem nunca colocou a mão em um controle. Mas por que ele é tão importante?
Pode ser pelo design das fases, que tem obstáculos e inimigos posicionados com cuidado. Ou pela trilha sonora, que tem temas assobiados e reinterpretados a rodo. A quantidade ridícula de passagens secretas e jeitos diferentes de atravessar o Reino dos Cogumelos também é digno de nota. Mas, mais que isso, o primeiro Super Mario era um jogo que tem controles sem igual.
Em 1985 Shigeru Miyamoto criou um jogo em que você corre, pega embalo, derrapa, pula em diferentes alturas e velocidades. Os controles são de uma precisão que outras empresas têm dificuldade de recriar até hoje. Super Mario Bros. simulava física no seu Nintendinho, e por isso ele é um dos jogos mais importantes da história.

Mega Man

A terceira geração de videogames, da qual fizeram parte o Famicom e o Master System, não foi pobre em jogos de plataforma. Mas alguns contribuíram mais para o desenvolvimento do estilo do que outros, e Mega Man é um deles.
Enquanto a maioria dos jogos se contentava em se apresentar em um esquema de fases lineares, o robozinho azul da Capcom virou esse conceito de cabeça para o ar: ele abriu para o próprio jogador poder escolher por onde começar e em qual ordem completar os desafios e assim, até abriu aoportunidades para cada um criar o próprio desafio. Tentar matar todos os chefes só com o Buster normal? Vamo nessa.

Castlevania III

Castlevania é outro clássico dos jogos de plataforma da Era 8-bit e qualquer um dos seus três primeiros capítulos poderiam ser inclusos nessa lista sem problema algum – seja pela dificuldade, a inclusão das sub-armas ou a mudança de foco para um estilo RPG-meio-bizarro de Simon’s Quest. Mas vamos ficar com Dracula’s Curse.
Os motivos são dois, que na verdade até podem ser considerados um só: uma não-linearidade um pouco diferente da de Mega Man. Enquanto no game da Capcom você escolhia a fase que queria através de um menu, aqui a divisão é orgânica: você mata um chefe e, no meio da estrada, pode ir para um cenário ou outro. E, dependendo de onde for, pode encontrar um de três companheiros, que podem entrar no lugar do herói Trevor Belmont no momento em que você quiser. Caminhos, personagens e segredos – é por isso que Castlevania III é considerado um dos melhores jogos da série.

The Legend of Zelda

O primeiro Legend of Zelda era, em 1986, o que hoje em dia é um Grand Theft Auto ou The Elder Scrolls: um jogo de mundo aberto, em que você poderia ir para qualquer lugar e fazer o que quisesse, com a grande diferença de não ter indicação nenhuma de absolutamente nada, com a exceção das mensagens enigmáticas (em inglês mal traduzido) que alguns habitantes das cavernas de Hyrule te dão. Este foi o jogo que definiu “aventura” por muito tempo.
Tente fazer essa experiência, aliás: compre o Zelda original no Virtual Console do seu 3DS ou Wii e tente jogar, de cabo a rabo, sem usar guia algum, e volte aqui para contar como foi.

Metroid

A primeira aventura de Samus (quando ninguém sabia que se tratava de uma mulher) é pega todos os elementos de exploração de Legend of Zelda, expande tudo e coloca dentro de um ambiente escuro e opressor. Eu não imagino como alguma criança que tenha jogado isso no lançamento não tenha morrido de medo com a música de abertura.
Qualquer jogo que você ouça dizer que é “Metroidvania”, acredite, é mais por causa de Metroid do que de Castlevania. A criação de Yoshio tem um cenário gigante e labiríntico, com itens e passagens escondidas à rodo. Mas uma característica especial de Metroid, diferente de Zelda por exemplo, é que partes dos cenários só ficam acessíveis depois que você encontra algum power-up, como os mísseis ou a icônica Morph Ball. Tente contar quantos jogos usam esse tipo de estrutura hoje em dia. Vai faltar dedos nas suas mãos, e nas mãos de todos os membros da sua família.

Dragon Quest

A série de RPGs da Enix pode nunca ter feito um sucesso estrondoso no ocidente, mas foi por causa do sucesso dela no Japão que o gênero floresceu como floresceu. É notório que, por exemplo, Final Fantasy só nasceu por causa dos heróis matadores de Slimes.
Encontros aleatórios, cidades, estalagens e todos os elementos que passamos a conhecer e amar, do jeito que conhecemos e amamos, remontam a Dragon Quest.

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